Madri, 23 nov (EFE) - O universo de ficção criado por Gene Roddenberry, "Star Trek", foi resgatado por J.J. Abrams para o 11ª filme da saga, que aprofunda a relação entre os personagens do capitão Kirk e Spock e que estreará no Brasil em maio de 2009.
Apesar de J.J. Abrams nunca ter sido apaixonado pela série "Jornada nas Estrelas" -- ele preferia "Guerra nas Estrelas" --, o jovem diretor, roteirista e produtor aceitou a proposta de levar a célebre saga ao cinema.
"Não quero falar mal da série nem dos filmes anteriores, só sei que nunca me agradaram, nunca pude me identificar com os personagens da saga, portanto o que fiz neste filme foi tornar os protagonistas acreditáveis, algo que acho que até agora não tinha sido feito", comentou o diretor americano em sua passagem por Madri.
Portanto, ao aceitar a encomenda da Paramount, J.J. Abrams se dispôs a reinventar "Star Trek" retornando às origens: a complicada relação entre dois dos altos comandantes da nave Enterprise, Kirk e Spock (um híbrido entre humano e "vulcano"), interpretados pelos atores Chris Pine e Zachary Quinto, respectivamente.
Deste modo, o "Star Trek" de Abrams se dirige aos "futuros admiradores", a todos aqueles que, como o próprio diretor, "nunca se sentiram atraídos pela série".
No entanto, o diretor é consciente de que está trabalhando com a idéia original de Roddenberry, que exige "continuidade", um motivo pelo qual o filme terá a participação de Leonard Nimoy, o ator que encarnava Spock na saga originária.
"Meus filmes favoritos" são aqueles com os quais me identifico e que "apresentam situações complicadas. Em 'Star Trek' a história é épica, mas a chave para contar a trama não é impressionar as pessoas com espetáculo, o espetacular são os personagens", explica Abrams.